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O poder da atenção

Como vimos antes, a atenção é muito poderosa, porque o local onde ela se foca vai ter um impacto sobre o nosso corpo e, portanto,é muito útil para nós estarmos cientes de onde a nossa atenção está focada. Por exemplo, sente-se numa cadeira e dirija a sua atenção para o pé esquerdo. Agora dirija a sua atenção para o pé direito. Agora, preste atenção aos dedos do seu pé direito. O que notou? Quando as pessoas fazem isso elas normalmente percebem que, quando a sua atenção está focada no pé esquerdo elas não estão realmente conscientes dos seus dedos ou do outro pé. Isto é importante porque nos diz duas coisas sobre a atenção. Aquilo a que prestamos atenção torna-se maior na nossa mente, como se tivesse a luz de um holofote focada nisso e tornamo-nos conscientes apenas dessas coisas. No entanto, outras coisas ficam às escuras e deixamos de reparar nelas. Por exemplo, quando se concentra no seu pé esquerdo, não nota o outro pé. Então a atenção traz algumas coisas para a nossa mente, mas também pode manter algumas coisas fora da mente.

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Assim, quando um mini-eu está debaixo das luzes da ribalta da nossa atenção muitos dos nossos outros mini-eus podem estar fora da nossa mente. Então, enquanto está preso no “Eu zangado” ou no “Eu ansioso” ou no “Eu preocupado”, pode não estar consciente do potencial do seu Eu Compassivo. Apenas notando isto e, em seguida, dirigindo a atenção para outro Eu é que você pode ser capaz de mudar o foco de um dos mini-eus para outro – o que não é diferente do princípio de alternar a sua atenção entre o seu pé direito e o seu pé esquerdo – embora as nossas emoções, claro, associadas a sentimentos e memórias, tornem isto mais difícil. 

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Então, no fundo,o treino da compaixão é sobre isto – sobre começar a notar quando estamos a ficar demasiado dominados por certos mini-eus como o “Eu zangado”, “Eu ansioso”, “Eu preocupado”, “Eu autocrítico”, e fazer uma escolha deliberada de mudar para o Eu compassivo. Podemos deliberadamente cultivar este Eu nas nossas vidas diárias em vez de deixar o “Eu ansioso” ou o “Eu raivoso” dominar ou conduzir a nossa vida.

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